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Um forte Abraço,

Marianna Lemos
Fisioterapeuta

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Qual melhor tênis para a prática de atividade física?

Quando questiono meus pacientes sobre seus objetivos e expectativas com o tratamento postural, a maioria deles me responde: "voltar a fazer atividade física", seja uma caminhada, corrida, academia com aulas de musculação ou até mesmo a prática de esporte.

Com isso vem a pergunta: "Qual o tênis devo usar?"

O tênis não precisa ser o mais caro, mas deve obedecer alguns critérios e principalmente respeitar a fisiologia do nosso pé e da marcha.

Então anote as principais dicas:

Os nossos pés apresentam duas funções principais: a de receber o peso do nosso corpo quando estamos em pé e permitir o desenvolvimento do andar.

Para a primeira função é necessário que eles apresentem uma certa rigidez, portanto, temos três pontos de apoio, formando uma espécie de tripé, nos quais o amortecimento do peso corporal está distribuído. Caso a distribuíção de peso não esteja equilibrada, surgirão dores e desalinhamentos, como o pé chato ou cavo e até mesmo o joanete, por exemplo.

Já para a segunda função, o nosso pé deve se manter maleável para permitir o bom andamento de cada fase da marcha. O movimento ideal do pé nesse momento se assemelha ao mataborrão. Em poucas palavras, ao darmos um passo, o calcanhar deve ser o primeiro a tocar o chão. Nesse momento, os dedos do pé estão apontados para cima. Em seguida o pé repousa totalmente no chão e ao retirarmos o pé para darmos o impulso para o próximo passo o "dedão" deve ser o último a sair do chão permitindo que a sola do pé seja mostrada totalmente para trás.

Dessa maneira, movimentaremos adequadamente a articulação do tornozelo permitindo uma boa contração das panturrilhas (bombas que ajudam na circulação sanguínea), dos tibiais anteriores (músculos da "canela"), dos tibiais, dos glúteos e do abdome, garantindo a proteção da coluna lombar e joelhos, que são as regiões mais sobrecarregadas durante uma caminhada ou corrida.

Essas características do pé estarão preservadas naquele tênis que tiver sistema de amortecimento nos três pontos de apoio, ou pelo menos no calcanhar e na base do hálux (o dedão), pois são fundamentais na fase de toque de calcanhar e na impulsão do corpo para o próximo passo, que é feita pela força do hálux. Outro fator que deve ser observado é a maleabilidade do tênis. Faça o teste: tente dobrar o tênis para cima, simulando o mataborrão. Se isso não acontecer, desista do calçado, pois ele impedirá o movimento ideal do pé e favorecerá o surgimento de dores nos pés, pernas e coluna.

Outra dúvida frequente é sobre os tênis especiais para pés pronados e supinados, que ajudam a neutralizar a pisada. Esses calçados apresentam uma boa proposta para os atletas, mas no dia a dia, percebo que eles atrapalham o processo de alinhamento dos pés durante a reabilitação postural, pois atuam como "muletas" do desalinhamento, ou seja, o corpo se sente mais confortável com aquele calçado e demora a reconhecer uma nova atitude postural como correta. O mesmo acontece com palmilhas.
Então, de acordo com a minha experiência clínica, aconselho os tênis para pisadas neutras.

A novidade do momento é o tênis shape up, que promete emagrecer ativando alguns músculos.


Observando o tênis após entendermos sobre as funções dos pés, fica fácil descobrir o por quê de tal promessa. Ora, o milagroso tênis apena nos ajuda a realizar o movimento fisiológico dos nossos pés, o movimento de mataborrão!

Experimentei o shape up e aprovei a idéia!

Ainda não o conheço "pessoalmente", mas outro tênis com a proposta semelhante é o reebok easytone.

Acesse os sites e veja as recomendações dos fabricantes. 

Aproveite as informações e boa caminhada!


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cuide da coluna do seu filho!

Já estamos há poucos dias do início de mais um ano letivo e percebo que precisamos voltar a nossa atenção para a Saúde Postural das crianças, que nessa fase escolar estão sujeitas a desenvolverem dores ou até mesmo lesões na coluna ou nas articulações devido ao peso da mochila e à forma de se sentar em sala de aula.

DICA IMPORTANTE: Veja na escola do seu fiho se oferecem condições para que a boa postura seja mantida. A educação postural precisa fazer parte da linguagem da escola. Pais e Professores devem atuar em conjunto.

Abaixo, posto uma matéria muito interessante e responsável sobre o tema. Aproveite!

Pais, lembrem-se: a boa saúde do seu filho, depende da sua orientação!

Tome a atitude necessária!

Marianna Lemos


"Todo ano é a mesma coisa. Uma lista extensa de materiais escolares transforma a mochila de crianças e adolescentes em um verdadeiro inimigo da saúde. Segundo a fisioterapeuta Sandra de Farias, do Instituto Patrícia Lacombe, com sede em Campinas, carregar um peso maior do que o adequado aumenta consideravelmente a pressão sobre os discos intervertebrais, que funcionam como amortecedores da coluna. “O excesso sobre os discos pode reduzir o espaço entre as vértebras, comprimindo raízes nervosas e ocasionando, até mesmo, as temidas hérnias de disco”, destaca.


É fácil saber se a carga é excessiva: o aluno deve transportar, no máximo, 10% de seu peso corporal. A escolha da mochila também é assunto sério. “É melhor optar por peças que vêm com amortecedores para a região dorsal e cinto, para mantê-las bem junto ao corpo. Alças acolchoadas também ajudam a amortecer a pressão sobre os ombros”, orienta. Outra dica é evitar aquelas que têm muitos detalhes - como bolsos e enfeites – porque eles aumentam o peso final.


A forma de carregar a mochila é um capítulo à parte. “Ela deve ser sempre distribuída nos dois ombros e não de um só lado.

No caso daquelas que têm rodinhas, é importante escolher uma peça com puxador adequado para a altura da criança e orientá-la a alternar o braço que puxa, para evitar risco de escoliose e outros prejuízos para a coluna”, descreve.


Vista da Coluna Vertebral quando usamos mochila de maneira incorreta. Risco de desenvolver escoliose.

A fisioterapeuta lembra ainda a importância de observar cuidadosamente a postura dos filhos no dia-a-dia. “A atenção deve ser redobrada quando há diferença na altura dos ombros, quando há projeção de ombros para frente ou quando a curvatura atrás da cintura aumenta. Outro aspecto importante é verificar se, quando dorme, a criança respira pela boca, pois isso também facilita o desenvolvimento de algumas alterações posturais, entre outros problemas de saúde”, esclarece.

Grande parte dos problemas de coluna começam a ser construídos na infância. Cuidados essenciais com os hábitos posturais podem ser a garantia de não entrar para estatísticas cada vez mais assustadoras. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 80% da população sofrem ou sofrerão de dor lombar em um período da vida. E mais: 90% experimentarão situações de afastamento do trabalho e das atividades de rotina por conta da má postura. “A boa notícia é que 94% dos casos podem ser evitados. E a atenção na infância é o primeiro passo”, enfatiza Dra. Sandra."

Aula de Ginástica Holística para Crianças e Adolescentes
Aula de Pilates para Crianças e Adolescentes
imagens anexadas pelo Blog Saúde Postural

 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Coluna Boa, sem cirurgia!

Pesquisa revela que somente 10% dos casos de hérnia de disco precisam de operação. A grande maioria é curada com terapias não agressivas.

Os números indicam o tamanho do sofrimento: cerca de 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco, um problema caracterizado pelo deslocamento da estrutura que existe entre as vértebras da coluna.

 É responsável por grande dor e, em vários casos, exige o afastamento do paciente das suas atividades diárias. Em geral, é muito comum que eles sejam logo encaminhados para uma cirurgia corretiva, o que implica em riscos inerentes a qualquer operação, como o de sofrer reações à anestesia ou ser vítima de infecções.

Um estudo divulgado recentemente, porém, mostrou que esta deveria ser a última estratégia a ser pensada. Publicado na Revista da Academia Americana de Cirurgões Ortopédicos, o trabalho afirma ainda que cerca de 90% dos indivíduos portadores de hérnia de disco podem se recuperar se fizerem uso de técnicas como fisioterapia, acupuntura, reeducação postural e/ou analgésicos, o chamado tratamento conservador, durante 3 meses. Ou seja, apenas 10% têm verdadeiramente indicação para a cirurgia. A conclusão foi baseada em uma ampla revisão de diversas pesquisas que haviam sido realizadas sobre o tema.



O resultado vem ao encontro do que tem defendido médicos mais especializados no assunto, como o reumatologista José Goldenberg, de São Paulo. "A cirurgia só deve ser uma opção quando não há resposta ao tratamento conservador em no mínimo 8 semanas", defende. Goldenberg já se acostumou a receber em seu consultório pacientes em busca de uma segunda opinião. "Posso dizer com certeza que pelo menos 70% dos doentes que me procuram com hérnia dizem ter tido indicação cirúrgica", afirma.

A publicitária Suely Souza Nascimento foi uma delas. "A idéia de ficar imobilizada na cama depois da cirurgia me assustava", conta. "Além disso, não havia certeza de que seria curada". Após sessões de fisioterapia, reeducação postural e acupuntura, feitas sob a orientação da fisioterapeuta Patrícia de Almeida, ela voltou a realizar atividades que não conseguia mais fazer, como dirigir. E esqueceu a cirurgia.

Suely tocou em um ponto importante. Além de todo o desgaste que causa ao paciente do ponto de vista físico e emocional, a operação nem sempre é sinônimo de recuperação total. Segundo o fisioterapeuta Helder Montenegro, do Instituto de Tratamento da Coluna Vertebral, pelo menos 50% dos pacientes que passam por uma cirurgia de coluna voltam a ter dor, em média, após dois anos do procedimento.

O fisioterapeuta é criador de uma técnica que une movimentos manuais de fisioterapia com uso de aparelhos que estimulam o fortalecimento muscular do abdome e das costas. "Essa associação reduz a dor e melhora a postura, contribuindo para resolver o problema", garante Montenegro.


Foi a esse recurso que recorreu a jogadora de vôlei de praia Larissa França, tricampeã mundial. Em 2002, uma crise a deixou longe das quadras e sem andar por 22 dias. Provocado por excesso de esforço físico repetitivo, seu caso teve uma primeira indicação para cirurgia. "Meu médico me disse que mesmo fazendo a intervenção não poderia voltar a jogar", conta. A atleta não fez a operação e passou quarto meses submetendo-se ao método desenvolvido pelo fisioterapeuta. "Voltei a competir e, desde então, vivo em paz com a minha coluna."


Há algumas atitudes que podem prevenir o surgimento da hénia de disco. Entre elas, manter uma postura correta, evitar o ganho de peso e fazer exercícios físicos regularmente.

SAIBA MAIS:

Como surge a hérnia de disco:

Com 33 vértebras, a coluna vertebral é composta por discos intervertebrais, medula espinhal, nervos, músculos e ligamentos. Os discos são estruturas em formato de anel formados por tecidos cartilaginosos, fibras e água. Localizam-se entre  cada uma das vértebras cervicais, dorsais e lombares. Tem como função evitar o atrito e amortecer o impacto entre as vértebras.


A hérnia de disco traduz-se como um deslocamento do conteúdo discal que sai da sua posição original podendo comprimir as terminações nervosas que se dirigem para os músculos e órgãos internos, causando dor, ou até mesmo alteração na função do órgão correspondente.

A hérnia aparece mais frequentemente nas regiões da coluna com maior mobilidade e/ou que são mais exigidas por sobrecarga: lombar e cervical.

CAUSAS: várias. Entre as principais estão o desgaste natural provocado pelo envelhecimento, posturas incorretas, obesidade e exercícios inadequados.

Autor: Greice Rodrigues
Referência: Revista Isto É